terça-feira, 30 de março de 2010

Destes pesadelos, eu gosto!


Freddy Krueger está de volta, num remake de "Pesadelo em Elm Street". Um dos filmes mais populares do género, e um dos vilões mais reconhecidos na história do cinema.
Quem não se lembra do senhor de cara queimada, com uma camisola de malha às riscas, e uma luva assustadora, que no lugar de dedos, tinha objectos cortantes, bem afiados. Quem não se lembra da célebre música: One, two, Freddy’s coming you. Three, four, better lock your door. Five, six, grab your crucifix. Seven, eight, gonna stay up late. Nine, ten, never sleep again. Na voz de três meninas, vestidas de branco, a saltar à corda na rua.
Isto, são tudo imagens que ficaram na memória, durante todos estes anos. Simplesmente inesquecíveis e intemporais. Justificando um remake, ao fim destes anos. 
Quando eu era pequena, vi vezes sem conta, os vários filmes de "Pesadelo em Elm Street", que se não estou em erro, eram para aí uns seis. O meu irmão adora filmes de terror, e tinha os filmes todos gravados em VHS.
Quando ia para a cama, tapava-me toda, e não punha nem os braços, nem os pés de fora da cama. Mesmo nas noites de Verão, mais quentes. Nunca se sabe onde o Freddy podia estar...
Mesmo assim, eu adorava ver os filmes. Mesmo que depois fosse para a cama, e não me mexesse até adormecer. Aliás, até chegar ao quarto, ligava as luzes todas e ia apagando uma a uma, conforme fosse passando pelos interruptores. Enfim... era uma criança, tinha para aí, dez, onze anos.
Eu gostava tanto do filme, que até nas minhas festas de anos, punha o filme a passar e sentava-me com os meus amigos no chão da sala, a comer gelatina, e a ver imagens de pizzas com olhos.
Agora, passados estes anos, acho que estou pronta para ver no grande ecrã, aquilo que vi durante anos, numa simples TV. O impacto é diferente, para melhor. Mas também mais assustador. Vamos ver como corre este reencontro.
Só espero que seja melhor que "Freddy versus Jason", que deixou muito a desejar.
O filme estreia, precisamente, de hoje a um mês, dia 30 de Abril. Já estou em contagem decrescente.
One, two, Freddy’s coming you...

segunda-feira, 29 de março de 2010

O Mundo da Inca

Quero entrar no teu mundo

Saber de que modo vês as coisas

O que vês quando olhas para mim

O que sentes, como sentes.



Não é que não te entenda

Mas gostava de te perceber melhor

Olhar-te nos olhos e ver o teu mundo

Tocar-te e passar para lá.

Para ti Inca, que tanto adoro.

Estante improvisada

Há dias, quando acabei de ler o livro, "O Jardim Encantado" de Sarah Addison Allen, fui arrumá-lo na minha estante de livros, e resolvi dar uma pequena arrumação. Isto à meia-noite e tal. Mais um daqueles ataques de arrumação e organização que me dá muitas vezes. Enfim...
A minha estante já precisa de uma companheira, está a ficar cheia, e já não consigo ter os livros da maneira que gosto. Organizados. Então, para conseguir dar um ar mais arrumadinho à estante, tirei de lá alguns dos que ainda não li, e que quero ler nos próximos tempos.
Foram cinco os livros que levei para a minha estante improvisada, a minha mesa de cabeceira.
Agora, quando acordo e olho para o lado, vejo uma pilha de livros a olhar para mim, a dizerem: Estou à tua espera. Lê-me.
Deste modo, é claro que não vou ter coragem de lhes fazer tal desfeita.
"Do fundo do coração" de Mary Lawson, "A história de Edgar Sawtelle", de David Wroblewski, "Malinche" de Laura Esquivel, "A casa dos espíritos" de Isabel Allende, e "Famílias de todo o mundo", um livro que comprei no IKEA, e que retrata a vida de várias famílias em diversos locais do mundo, através das suas casas, são os livros que escolhi para próximas leituras.
Até lá, vão continuar na estante improvisada, à espera que chegue a sua vez.

domingo, 28 de março de 2010

Pensamento 2


"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa  daqueles que observam e deixam o mal acontecer". Albert Einstein

Dia Mundial da Juventude


Sou jovem. Gosto de me divertir, sair, estar com quem gosto, ver um bom filme, ler um bom livro, ouvir uma boa música. Amo e sou amada. Tenho sonhos, muitos... A vida é bela e só quero ser feliz. Sou jovem e daí?

sábado, 27 de março de 2010

Toca a acertar os ponteiros do relógio


 Uma hora a menos de sono e uma hora a mais de sol. Prefiro a última.

Dia do dador de sangue

Palavras para quê.

Dia Mundial do teatro


No palco da vida, todos nós somos actores.

Novo livro de Joanne Harris


Há muito tempo que esperava um novo livro de Joanne Harris, a minha autora preferida. O seu último livro foi publicado pela Asa, em 2007, com o título "Sapatos de rebuçado".

Num destes dias, quando andava a navegar pela internet, eis que descobri aquilo por que ansiava há muito, a minha querida autora vai lançar um novo livro em Abril deste ano.

Mas como nem tudo são boas notícias, infelizmente, terei de esperar por Setembro, altura em que está programada a sua edição em Portugal.

O título parece sugestivo, o conteúdo de certeza que é melhor ainda. É sempre assim. Já estou habituada, e bem habituada...

Até lá vou-me contentando com outras leituras.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Next!

Ontem à noite acabei de ler "O Jardim Encantado", de Sarah Addison Allen, que comecei a ler na segunda-feira. E só tenho uma coisa a dizer: Next!
O próximo é "O Quarto Mágico" da mesma autora, e já está na minha mala.


***

Três mulheres inesquecíveis moram numa cidade onde tudo, ou quase tudo, pode acontecer. Josey, a viciada em doces, esconde um segredo no roupeiro; Della Lee, a fugitiva, tem uma costela de Némesis e duas de fada madrinha; e Chloe, a apaixonada pela leitura, é perseguida por livros.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Há livros assim... encantadores


Estou quase a acabar de ler " O Jardim Encantado", que comecei a ler na segunda-feira à tarde. O livro é maravilhoso, as personagens são encantadoras. Adoro a personagem da velha Evanelle, que tem um dom, como todas as Waverley. Ela dá coisas às pessoas que mais tarde vão precisar, quer seja dali a um dia, ou a um ano. Ela dá as coisas mais descabidas, como uma pregadeira toda ferrugenta, uma camisa de dormir, isqueiros, preservativos... mas tudo com uma finalidade.
É o primeiro livro que estou a ler da autora, também é o seu primeiro romance, e foi considerado Bestseller pelo New York Times.
Ela já escreveu dois livros, o segundo romance, intitula-se "Quarto Mágico". Foi o primeiro livro que comprei dela. Estava no Modelo, na secção dos livros, e chamou-me à atenção a capa do livro. Gostei do título "Quarto Mágico". Todo o livro era apelativo. A capa, o título... depois li a sinopse e pronto... não larguei mais o livro.
Quando li a parte onde falava da autora, verifiquei que aquele não era o seu primeiro livro, que havia um outro livro, "O Jardim Encantado". Foi aí que decidi comprá-lo, também. Ali, no Modelo, não havia, e como estava perto dos meus anos, pedi que me oferecem-se. E a minha sogra ofereceu-mo. O livro "O Jardim Encantado", tinha igualmente uma capa bonita e um título apelativo. Fiquei toda contente, a colecção estava completa.
Agora, que já comecei a ler um dos livros, posso dizer que o livro de capa bonita e título apelativo, é mais que isso. É uma história cheia de acontecimentos misteriosos, intrigantes, reveladores, mágicos, e com personagens encantadoras, que dá vontade de conhecer.
Uma história capaz de enfeitiçar os leitores menos sensíveis.

***

"O negócio corria bem porque todos os habitantes locais sabiam que os pratos confeccionados com as flores que cresciam em redor da macieira no jardim das Waverley poderiam afectar quem os comesse de curiosas maneiras. Os biscoitos com geleia e lilás, os biscoitos de lavanda e os bolos feitos com maioneses de chagas que a Ladies Aid encomendava para os seus encontros uma vez por mês concediam-lhes a capacidade de guardar segredos. Os botões de dente-de-leão fritos sobre arroz de pétalas de cravos-túnicos, as flores de abóbora recheadas e a sopa de bagas de roseira-brava asseguravam que os convidados reparariam apenas na beleza da casa do anfitrião e nunca nos defeitos. A manteiga de mel de hissopo-anisado espalhada em torradas, os rebuçados de angélica e os queques com amores-perfeitos cristalizados tornavam as crianças ponderadas e atenciosas. O vinho de madressilva servido no Quatro de Julho concedia a capacidade de ver no escuro. O sabor a nozes do molho feito com bolbos de jacintos fazia a pessoa sentir-se taciturna e pensar no passado e as saladas preparadas com chicória e hortelã faziam acreditar que alguma coisa de bom ia acontecer, quer fosse verdade ou não." (1)

(1) in Jardim Encantado, de Sarah Addison Allen, Quinta Essência, 2008, pág. 17-18.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Posts reciclados 3: Trocas de WC


Mal cheguei e já me começam a acontecer coisas...

Estou a fazer um estágio na rádio e um dia destes, quer dizer a semana passada, mais propriamente na segunda-feira (isto para começar bem a semana) aconteceu-me uma coisa que não deixa de ter a sua graça.
Estava com vontade de ir à casa de banho e dirigi-me à que estava mais próxima do estúdio. Até aqui tudo bem. O pior foi que entrei na casa de banho errada (se é que me estão a entender). Errada porquê? Porque em vez de entrar no wc das senhoras, entrei no wc dos homens.
Tal facto aconteceu porque costumo ir à uma casa de banho do piso de cima, e neste dia como me encontrava no piso inferior, resolvi lá ir porque dava mais jeito, e também porque não tenho nenhuma relação de proximidade/intimidade com a casa de banho do piso superior.
Mas nunca me passou pela cabeça que a localização das casas de banho fosse diferente. Isto é, nunca imaginei que onde é a wc das senhoras no piso de cima fosse a wc dos homens no piso de baixo. E por isso, não me lembrei de olhar para as portas, simplesmente entrei. Além disso, a minha vontade era tanta que entrei desgovernada e nem reparei em nada. Quer dizer, não foi bem assim, porque quando entrei era um cheiro a urina que não se aguentava. Facto que estranhei.
Mesmo assim, fiz a minha necessidadezinha fisiológica, lavei as mãozinhas e quando me virei para secá-las, adivinhem com o que é que me deparei: dois urinóis que deitavam um pivete a urina insuportável.
O "cheirete" que senti ao entrar na casa de banho estava agora explicado.
Depois de tal constatação, podem imaginar como fiquei. Nunca saí tão rápido de uma casa de banho, pelo menos tão desconfortável.
No meio disto tudo, tive a sorte de não entrar algum homem enquanto lá estava. Nem quero imaginar a situação que seria...ups.

Este post foi escrito no dia 17 de Abril de 2006, como membro do blog "Tudo e mais alguma coisa". Reciclei-o porque não deixa de ser uma situação inesquecível. E que hoje em dia até gosto de relembrar.

Posts reciclados 2: Malditas alergias



Chega esta altura do ano e é sempre a mesma coisa: alergias. Estou farta de espirrar, tossir, fungar, coçar os olhos... Porque é que tenho de pertencer à percentagem de população que sofre deste mal. Porquê? O pior é quando os sintomas se agravam e começo com falta de ar, isso é o pior de tudo.
Eu adoro a Primavera, porque é a estação do ano mais bonita. É a altura do ano em que os campos se enchem de flores, o sol brilha, faz mais calor, as pessoas andam mais animadas, os namorados ficam mais enamorados... mas por outro lado, não gosto desta época porque é quando sofro da minha alergia ao pólen.
Mas enfim, tenho de me conformar porque não há solução para este problema, o ar cada vez está mais poluído (o que não ajuda nada) e por isso só me resta esperar pelo fim da estação. Vem depressa Verão!

Este post foi escrito no dia 8 de Maio de 2006, como membro do blog "Tudo e mais alguma coisa". O motivo porque quis reciclá-lo, deve-se ao facto de estarmos na Primavera. Que para mim significa, tempo de alergias.

Posts reciclados: Bênção das fitas


Este sábado é a minha bênção das fitas, vai ser uma festa em grande com a minha família. Já está quase a acabar esta vida de estudante que me ocupou por tantos anos, e da qual confesso já estar um bocado farta. Quero começar a trabalhar e ganhar dinheiro para as minhas coisas, sem ter de depender dos outros.
Se tudo correr bem, quando chegar a Julho acabo o curso e começo uma nova etapa da minha vida. Mas primeiro quero gozar as férias do Verão, e aproveitar esse tempo de descanso para reflectir sobre o que quero fazer profissionalmente.
Por agora, é tempo de comemorar. Sou finalista!

Este post foi escrito quinta-feira, 18 de Maio de 2006, como membro do blog "tudo e mais alguma coisa". Decidi reciclá-lo porque retrata um momento único da minha vida, que recordo com emoção.

Reciclar nao é só no ecoponto


Ontem à noite fui ao meu primeiro e antigo blog "Tudo e mais alguma coisa". Este blog foi criado por mim e por uma amiga minha da faculdade. Na altura não tinha muito tempo porque tinha de estudar, e por outro lado, também não tinha muito interesse. Não há nada melhor do que ter um blog só nosso, que seja a nossa cara, que reflicta aquilo que somos. E naquele caso não era bem isso que estava a acontecer. Apesar de sermos amigas, éramos diferentes. Como cada pessoa o é. O blog foi idealizado por nós, mas personalizado por ela. E por isso estava feito mais à imagem dela e menos à minha. Apesar de eu gostar bastante do blog em si. Era interessante. E adorei o nome.
Mas não sei... não era bem aquilo que eu queria quando pensei ter um blog. Por isso foram poucas as vezes que "postei" lá alguma coisa. Acho que se podem contar pelos dedos das mãos o número de posts que lá publiquei. Além disso, os nossos assuntos eram muito diferentes. Houve até uma altura, em que nos começaram a comparar, a dizer que eu isto e aquilo, e que ela aquilo e aquele outro. Não gostei disso. O que resultou numa perda de interessa maior.
Nunca mais escrevi nada no blog e passados estes anos ia lá como mera visitante.
Mas ontem decidi apagar o meu perfil do blog. Não estava lá a fazer nada. Mas vi-me aflita porque já não me "logava" há tanto tempo, que me esqueci do user name e da password.
A minha sorte é que tenho um namorado informático que me ajudou neste pequeno problema para ele, e grande problema para mim.
Consegui recuperar o user e a password, e depois de tanto tempo entrei no blog sem ser como visitante. Comecei por ir ver a minha lista de mensagens, os posts que tinha publicado. Vi um a um, para recordar, e depois comecei a apagá-los.
Tive pena de fazê-lo, porque ao apagar os posts ninguém mais poderia lê-los. E apesar de não me orgulhar muito deles, porque a idade, o tempo e os assuntos eram outros, resolvi guardar alguns e reciclá-los para o Mundo da Inca.
Assim, para aqueles que só agora conhecem o Mundo da Inca, poderão ter um cheirinho de como fui em outros tempos, sobre o que escrevia e como escrevia.
Por isso, os três posts que vou publicar a seguir a este que escrevo, são resultado dessa minha "reciclagem bloguista", ou o que queiram chamar.

Três posts, três reciclagens, três datas, três acontecimentos, uma pessoa. 

terça-feira, 23 de março de 2010

Leituras de Primavera



Há uns dias, tirei da minha estante um dos muitos livros que ainda estão por ler. Coloquei-o na minha mala, mas só ontem peguei nele e iniciei a sua leitura.
O livro chama-se "O Jardim Encantado" e é o primeiro romance de Sarah Addison Allen.

A história:



Num jardim escondido por trás de uma tranquila casa na mais pequena das cidades, existe uma macieira e os rumores que circulam dão conta de que dá um tipo muito especial de fruto. A autora conta a história dessa árvore encantada e das extraordinárias pessoas que dela cuidam.







Acho que não podia ter feito escolha melhor... como leitura para começo da Primavera.

segunda-feira, 22 de março de 2010

A minha primeira experiência no Alfa pendular podia ter sido diferente

                    

É bastante impressionada que escrevo este post, mas acho que não conseguia deixar de escrevê-lo.
Hoje, pela primeira vez, andei no Alfa pendular, mas a experiência podia ter sido diferente. Ou melhor, o motivo podia ter sido outro e não aquele que me fez escrever estas linhas.
Ia para o curso de história de arte que estou a frequentar no El Corte Inglés de Lisboa e quando chego à estação de comboios deparo-me com um cenário trágico.
Quando cheguei à estação vi o comboio inter-cidades parado, e atrás dele estava o comboio suburbano que eu ia apanhar. Comecei a correr para apanhar o comboio, mas quando chego ao outro lado, a situação muda de figura. O comboio inter-cidades que estava parado, ia continuar ali parado, e tão depressa não saia dali.
Comecei a achar estranho o comboio não andar, algo se estava a passar e não era boa coisa.
Uns minutos mais tarde, os funcionários da CP que iam no comboio inter-cidades, mandaram as pessoas que iam no referido comboio,mudar de plataforna para apanhar o Alfa pendular que iria dar entrada na linha nº1. Comecei a ficar cada vez mais preocupada, os minutos a passar e eu não apanhava comboio nenhum.
Foi aí que pensei que se tratava de uma avaria do comboio e que ele não ia sair dali tão depressa. Das duas uma, ou apanhava o Alfa, ou não ia ao curso, porque já começava a ficar tarde.
O meu namorado, que ia comigo para o curso, falou com um funcionário da CP e perguntou-lhe se havia alguma previsão para apanhar um comboio para Lisboa. Ao que o senhor deu a mesma informação que tinha dado momentos antes aos passageiros do inter-cidades.
Quando eu ia a passar para o outro lado, ouvi o inter-comunicador da estação a anunciar que tinha havido um acidente com passageiros. Imaginei logo o pior, que alguém tinha sido colhido por algum comboio numa estação mais à frente, e que tínhamos de estar ali à espera até podermos passar.
Mas quando ia a passar para o outro lado, vi uma ambulância. E vi que o acidente tinha-se dado ali, naquela estação, e não numa outra mais à frente.
Mas mesmo assim, pensei que alguém se tinha sentido mal, sei lá. Pensei tudo menos o que aconteceu.
Quando já estava do outro lado ouvi um senhor contar que estava um corpo à frente do comboio, que uma pessoa se tinha atravessado à frente do comboio na estação da Vala do Carregado, duas estações antes da estação de Vila Franca de Xira, estação onde me encontrava.
Não queria acreditar que estava um cadáver ali, a poucos metros de mim.
E se isso aconteceu na Vala como é que o comboio estava em Vila Franca de Xira?? Mil e uma perguntas assombraram a minha cabeça. Quem seria? Se conhecia a pessoa em causa? Porque o tinha feito?
Depois as pessoas que iam lá ver, começavam-me a descrever o estado em que o corpo estava e eu ia ficando cada vez mais impressionada e chocada.
Como é possível, alguém fazer uma coisa destas, pensei eu vezes sem conta.
Meia hora mais tarde, chegou finalmente o Alfa pendular, entrei, caminho a Lisboa. Mas a viagem não foi a mesma. Só pensava naquilo que tinha acontecido, nem fui capaz de pegar no meu livro, e lê-lo como faço habitualmente. Não tinha cabeça nem vontade.
Dadas as circunstâncias, a minha primeira viagem no Alfa pendular não foi entusiasmante, mas com certeza será inesquecível.

Não me deixais cair em tentação e livrai-me dos doces...

Estamos a caminho do Verão e eu prometi a mim mesma que teria mais cuidado com a alimentação. Especialmente com os doces. Mas não tenho conseguido cumprir a minha promessa. Já estou como os políticos... prometem, prometem mas não cumprem.
E assim estou eu.
Mas quem manda a mim ter uma mãe que é uma cozinheira de primeira. Eu não tenho a culpa. Ela é que tem a culpa de cozinhar maravilhosamente bem e fazer com que eu não consiga resistir aos seus cozinhados.
Por exemplo, hoje lembrou-se de fazer uma torta de laranja, e eu nem gosto muito de laranjas... pelo menos como fruto em sim. Mas quando se fala de torta de laranja... aí o caso muda de figura... é uma autêntica delícia, e sem casca.
Enquanto estava aqui no computador, lembrei-me de ir à cozinha e pronto, cometi um dos pecados mortais, a gula. Ali estava ela, a torta, em cima da mesa, quentinha (ainda por cima) e à espera que alguém a provasse.  Nem sei como consegui comer só uma fatia.
Bem... é melhor não falar mais nisso, senão ainda tenho uma recaída, levanto-me da cadeira e vou lá buscar outra fatia. Ai que vontade...

Dia Mundial da Água

... apetece-me ver o mar.

domingo, 21 de março de 2010

Dia Mundial da Poesia: esta é a minha maneira de comemorar

Prados verdes
Rios fluentes
Inspiram os menos contentes.
Mudam os pensamentos
Animam-se as mentes.

Voltam os bons momentos
Enchem-se os campos
Reflorescem sem prantos
As mais belas flores.

Por Sandra Silva, escrito num pontão algures no Tejo, no dia 20 de Março de 2010.

Dia Mundial da Árvore e da Floresta: por um mundo melhor


Hoje é dia de comemorações. Não só se celebra o início da Primavera, como o Dia Mundial da Árvore e da Floresta.
Muitos de nós não têm cuidado com a natureza, desrespeitam-na. e maltratam-na. Por isso todos os anos, existem iniciativas para tentar colmatar essa grande falha do ser humano. Inúmeras pessoas inscrevem-se como voluntários para limparem as florestas e matas do nosso país.
Todos nós sabemos que no Verão, muitos dos incêndios são causados pela falta de limpeza das matas e florestas.
Há que mudar esta realidade.
Plantar árvores, não chega.

Primavera

"A Primavera", Botticelli

Começou hoje, dia 21 de Março, uma nova estação, a Primavera, que terminará a 20 de Junho. O porquê destas datas, deve-se à Astronomia. A Primavera Boreal, que acontece no hemisfério norte, inicia-se no equinócio de Março e termina no solstício de Junho. No dia do equinócio, o dia e a noite têm a mesma duração, e a partir daí os dias ficam mais compridos e as noites mais curtas.
A flora e a fauna reflorescem. A paisagem fica mais bonita, com campos verdejantes e floridos.
É uma estação de inspiração e romantismo.

sábado, 20 de março de 2010

Nós por cá 2


Hoje fui dar um passeio até Vila Franca de Xira, cidade que gosto muito e onde vou muitas vezes. 
Fui até ao passeio pedonal ribeirinho, olhar o Tejo e a Lezíria. É uma vista que me agrada bastante... gosto de estar em contacto com a natureza. 
Aproveitei e escrevi um poema que irei publicar aqui, amanhã,  em comemoração do Dia Mundial da Poesia. Não estava muito inspirada... o tempo também não ajudou, estava meio cinzento. Mas mesmo assim arrisquei e escrevi umas linhas no meu bloco de capa verde, que anda sempre na minha mala, para utilizar em momentos como este.

Mudando de assunto...

Quando deixei o passeio pedonal, fui até um café, lanchar. Todo aquele esforço mental abriu-me o apetite...
E quando entrei num parque de estacionamento, mesmo à entrada de VFX, eis que deparei-me com a placa acima. Aparentemente é igual a muitas outras, em muitos outros parques de estacionamento, espalhados por o país. Mas esta tem algo de diferente... e todos aqueles que tiverem necessidade de lê-la, irão verificar que existem duas coisas que não estão bem. E que deveriam estar.
Na placa pode-se ler a seguinte informação "Dias úteis das 8.00 ás 20.00h. Sábados das 8.00h ás 15.00h." Se eu ainda sei escrever alguma coisa de português, acho que o acento nas palavras "ás" está mal colocado. O acento deveria ser grave e não agudo. A maneira correcta é "às".

Pequena explicação gramatical: o acento grave em português usa-se em apenas duas situações. E uma delas é na contracção da preposição "a" com a forma feminina do artigo definido e com o pronome demonstrativo. Ou seja, (a+a) à; (a+as) às; (a+aquele) àquele; (a+aquela) àquela; (a+aqueles) àqueles; (a+aquelas) àquelas.

Este é um erro muito comum do português e dos portugueses, mas para uma autarquia, que supostamente deve dar o exemplo aos seus cidadãos e munícipes, fica um bocado mal.
Eu até podia pensar que se tinha tratado de um engano, mas enganar-se duas vezes, seguidas...

Mais uma vez, na minha modesta opinião, acho que a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, assim que possível, devia proceder à correcção da placa. A população agradece e os utilizadores do  referido parque de estacionamento também.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Would you like a cup of tea?

Faz hoje um ano que eu estava de malas e bagagens para Londres. Era a minha primeira viagem para fora do país e a primeira vez que ia andar de avião.
Estava super entusiasmada e nervosa ao mesmo tempo. Ia para um país estranho e não sabia como ia correr a minha primeira experiência aérea.
A viagem foi programada com um mês de antecedência, para os bilhetes serem mais baratos. Já a mala foi preparada na véspera da viagem, com uns acabamentos no próprio dia.
Nunca tinha feito uma mala de viagem tão grande, pelo menos para tantos dias, e não sabia o que levar. Ainda por cima ia para um país com um clima diferente.
Por mim levava o roupeiro inteiro, para não ter de escolher, mas não podia ser, tinha um limite de vinte quilos.
É difícil para uma mulher ter de decidir o que levar e não levar numa mala de viagem, porque queremos levar tudo. Mas pronto lá consegui escolher o que levar. Além do mais, estava a contar fazer umas comprinhas em Londres.
Chegado o dia, estava eufórica. Tudo era novo para mim. Mal podia esperar pelo momento em que pisasse solo londrino.
Mas antes desse momento ainda tive de passar pela viagem de avião...que não foi nada do que eu estava à espera. Até entrar dentro do Big Bird estava tudo muito bem, o pior foi depois...nunca  mais vou esquecer aquele momento da descolagem...horrível...pensei que ia morrer...senti a velocidade toda, o meu estômago ficou colado às costas, sem falar da enorme tontura que me deu...enfim passei um mal bocado. Mas quando o avião estabilizou correu tudo bem...quer dizer...eu não tirei o cinto...nem fui à casa de banho...mas posso dizer que estava mais ou menos calma.
Depois daquela descolagem estava receosa com a aterragem mas correu às mil maravilhas, nem dei por nada, ou quase nada.
Enfim, estava em Inglaterra. Isso é que importava. Estava feliz, parecia uma menina de cinco anos a quem tinham acabado de dar uma boneca.
Cheguei de noite, e entre viagens de comboio, autocarro e comboio, eis que cheguei a casa do meu cunhado, onde eu e o meu amor íamos ficar.
Comecei a visitar Londres, logo no dia seguinte. Estava ansiosa pelo que ia encontrar. Tinha mil e uma imagens daquilo que via nos filmes e na televisão, mas agora era real, eu estava ali.
Fiquei na periferia de Londres, em Borehamwood, e aquilo que mais queria era ir para o centro da cidade.
Apanhava todos os dias dois autocarros, um até Edgware e outro para Oxford Circus. A partir dali andava a pé.
Foram muitos os sítios que visitei.
Bond Street , com as suas lojas maravilhosas e caras, Channel, Dolce e Gabbana, Louis Vuitton, Hèrmes, Gucci, Prada...uma perdição, mas não para a minha carteira. Regent's Park, Tower of London, Tower Bridge, Houses of Parlament (com o famoso Big Ben), Westminister Abbey, Buckingham Palace (sítio onde fui duas vezes porque da primeira vez não vi o render da guarda, e eles também não estavam com o famoso chapéu de pêlo de urso), Madame Toussauds, (onde tirei fotografias com a familia real inglesa, David Beckam, Amy Winehouse, Robbie Williams, Madonna, Tom Cruise, Steven Spielberg, Jonhy Depp, Brad Pitt, Obama...) London Eye (com uma vista magnífica sobre Londres), Hyde Park, Regent's Street, Picadilly Circus, Trafalgar Square, St. James Park, Harrods (outro sítio maravilhoso mas não para a minha carteira)...até estive no Westminister Number 10.
E o incrível é que não me cansava, queria ver tudo, aliás foi esse o motivo que me levou ali. Estas não eram umas férias para descansar, eram as minhas primeiras férias fora do país. Isso diz tudo. Tanto que eu fui no último dia de trabalho e voltei no último dia de férias.
Entrava em todas as lojinhas de lembranças, eram uma perdição...ímanes para o frigorífico com a imagem do Big Ben, t-shirts com o metro de Londres, chapéus de chuva e malas com a bandeira do Reino Unido...uma loucura.
Provei o British Breakfast. Comi Kebab. Fiz compras no TescoPrimark. Andei de metro e de bus. Só tive pena de não andar de taxi. e na

Foram umas férias em grande...inesquecíveis.

De todos os sítios que visitei, há um que devo salientar, Camdem Town. Nem que seja para descrever o lugar. A norte de Londres, este local curioso tem tanto de esquisito como de divertido. Nas ruas "desfilam" punks, hippies, góticos, entre outros estilos. Encontrar alguém com o cabelo verde, roupas estranhas, cortes de cabelo que não lembra a ninguém, é o prato do dia em Camdem Town. Confesso que me senti estranha, porque a maioria das pessoas eram assim, eu era a excepção. Os edifícios eram igualmente esquisitos. No exterior saltavam à vista dragões, aviões, guitarras, cadeiras, gatos, botas, tudo em tamanho gigante, em paredes pintadas de várias cores. Era um "mundo" diferente, mas eu gostei. Acho que conheço uma pessoa que se sentiria como peixe na água neste lugar...a Amy "Adega". E já ouvi dizer que ela comprou lá casa...

É com alguma nostalgia que termino este relato da minha viagem a Londres. Na bagagem trouxe imensas recordações, daquelas que não ocupam espaço na mala.

Dia do pai

Pai Father Padre Vater Papai Dad Père Vader Far Papp Pare Fader Isä

O Dia do Pai teve origem há mais de 4 mil anos, na antiga Babilónia, quando um jovem de seu nome, Elmeseu, moldou em argila o primeiro cartão, que desejava sorte, saúde e longevidade ao seu pai.
Mas a celebração do Dia do Pai, como o entendemos hoje, surgiu nos Estados Unidos da América, em 1909, quando Sonora Luise sentiu a necessidade de homenagear o seu pai, através da admiração que tinha por ele. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane, por todo o estado de Washington, tornando-se uma festa nacional. Mas só no ano de 1972, o presidente americano, Richard Nixon, oficializou o Dia dos Pais.
O Dia é comemorado, anualmente, em todo o mundo, mas em datas diferentes. Existem muitos países que celebram o dia no terceiro domingo de Junho, como é o caso dos Estados Unidos da América, África do Sul, Argentina, Canadá, Chile, Colombia, Eslováquia, Filipinas, França, Holanda, Índia, Irlanda, Japão, Macau, Malásia, Malta, México, Peru, Reino Unido, Turquia e Venezuela.
Existem ainda países que celebram em outras datas, como o Brasil, no segundo domingo de Agosto e a Austrália no primeiro domingo de Setembro.
Espanha, Itália, Andorra, Bolívia, Honduras e Listenstaine, comemoram no mesmo dia que Portugal, a 19 de Março, hoje.
A todos os pais do mundo e em especial ao meu paizinho, desejo um feliz Dia do Pai! Adoro-te Pai!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um livro delicioso

Li este livro há uns anos atrás, para aí em 2006. Mas ainda hoje, recordo-o com carinho e algo mais.
O livro não era meu, foi oferecido ao meu irmão mais velho, com direito a dedicatória e tudo. Como o meu irmão não é muito dado a leituras, pedi-lho emprestado.
Foi dos livros que li até hoje com mais vontade e mais depressa. Li-o em cinco dias.
Quando entrei em contacto com a escrita da autora, rendi-me. A sua escrita é simplesmente deliciosa, como o livro. As suas palavras têm cheiros e sabores...Apetece comer o livro só pelas descrições e pormenores com que Joanne Harris conta a história de Vianne Rocher e a sua filha Anouk, na aldeia de Lansquenet-sur-Tannes.
Exemplo disso é o capítulo em que descreve a Chocolaterie, de fazer crescer água na boca. "Estive a ver a montra esta manhã. (...) Em cálices e pratos de vidro estão dispostos chocolates, bombons, mamilos de Vénus, trufas, mendiants, frutas cristalizadas, bombons de avelã, frutos do mar de chocolate, pétalas de rosa cristalizadas, violetas doces..." (1)
Tudo neste livro apela aos sentidos, principalmente, ao paladar e ao olfacto. Desde a capa que é uma tentação para os mais gulosos, como eu, até à história em si, repleta de vocábulos que levam a mais amarga das pessoas, a sentir desejos nunca antes imaginados. Como é o caso de Francis Reynaud, padre austero e fanático, que se deixará cair em tentação... "É como um dos meus sonhos. Rebolo-me em chocolates. Imagino-me num campo de chocolates, numa praia de chocolates, a tostar-focinhar-enfartar. Não tenho tempo para ler os rótulos: meto chocolates à boca ao acaso. O porco perde sua manha ante tais delícias e torna-se de novo porco; e embora algo no cimo da minha cabeça me diga para parar, não consigo. Depois de começar é impossível parar. Isto não tem nada a ver com fome: afatulho-os à força. a boca inchada, a mãos cheias." (2)
O livro que era apenas emprestado, mantém-se comigo, até hoje. Fui eu que o tirei do fundo da gaveta e abri as suas páginas. Foi comigo que ele ganhou vida, foi em mim que ele provocou sentimentos e sensações. Além disso, adoro Chocolate!

(1) in Chocolate, Joanne Harris, Asa, 2002, pág.253.
(2) in Chocolate, Joanne Harris, Asa, 2002, pág.27.

Pensamento

A Escola de Atenas, de Rafael

"Eu aprendi que para crescer como pessoa é preciso cercar-me de gente mais inteligente do que eu". W. Shakespeare

quarta-feira, 17 de março de 2010

Mundo cor-de-rosa


Hoje decidi mudar o aspecto do meu blog. Achava-o muito escuro e pouco apelativo. 

Foi então que decidi dar mais vida e cor ao meu blog, e nada melhor que o cor-de-rosa que é uma cor feminina, positiva, alegre, romântica...como eu.

Shakira à moda antiga


No início deste ano frequentei um curso de cinema com o realizador António Pedro Vasconcelos, no El Corte Inglés de Lisboa, e numa das suas aulas maravilhosas, o professor/realizador passou excertos do filme italiano Umberto D, de Vittorio de Sica, 1952.

O curioso deste filme (também, e não só) é que numa das cenas aparece uma actriz italiana, Maria-Pia Casilio, que me fez lembrar alguém famoso...a cantora colombiana Shakira.

Pode ser só impressão minha, mas também andam para aí tantas sósias que nada têm a ver com os originais...

terça-feira, 16 de março de 2010

Tantas versões para quê?

Este fim-de-semana fui ver o filme Alice in wonderland, de Tim Burton. E apesar de ter adorado o filme, ouve outras coisas de que não gostei tanto…

Sempre que há um filme do género, ou quase sempre, existe uma versão em português para os mais pequenos, mas parece que há ainda muita boa gente que não tem conhecimento de tal ou pelo menos parece.
Alice in wonderland até tem três versões, uma em português e a original em 3D e sem ser em 3D. Há versões para todos os gostos.

Mas as pessoas insistem em aborrecer as outras, parece que gostam…

Eu sei que fui ver o filme num domingo à tarde, na sessão das 15h50, que é o dia da família blá blá blá. Mas eu comprei o bilhete para a versão original em 3D e por momentos quando estava dentro da sala à espera que o filme começasse, pensei que tinha comprado um bilhete para a versão portuguesa. Eu verifiquei o bilhete e estava lá a confirmação de que era a versão original em 3D, então o que se estava a passar, que não paravam de entrar criancinhas sem idade para saber ler???

Que pais são aqueles…das duas uma, ou não sabem o que fazer ao dinheiro e não se importam de gastar inutilmente 6,70 euros, uma vez que os filhos não vão perceber nada da história, ou então querem ver a versão original, porque é melhor ouvir a voz do Jonhy Depp do que a dobragem, e preferem levar os seus filhos na mesma, mesmo que isso possa aborrecer toda uma sala de cinema.

Fique bem claro que eu não tenho nada contra os mais pequenos, só que não gosto é de ver um filme para adultos numa sala cheia de crianças a rir às gargalhadas e a falar alto. Eles não têm a culpa, quem tem são os adultos, que parecem mais infantis que eles, ao terem atitudes destas.

Passei o filme a ouvir “schiu” para cá, “schiu” para lá, ai que nervos!!!

E nem queiram saber como ficou a sala no fim...

O filme é para maiores de doze, isso já quer dizer alguma coisa não?? Quer dizer que o filme não é adequado para criancinhas, muito menos aquelas que não sabem ler e que à noite ainda fazem chichi na cama quando têm pesadelos com o bicho papão.

E tenho a certeza que algumas delas sujaram os lençóis nessa noite, ao lembrarem-se da Alice a passar por cima de cabeças de cadáveres e a cortar a cabeça a uma espécie de dragão.

Mas pronto são estes os pais responsáveis que temos…e os mais pequenos mesmo que não tenham percebido nada, sempre ganharam uns óculos que apesar de não serem muito fashion, podem ser usados em algumas das brincadeiras dos mais novos.

O pior é se os pais irresponsáveis também deixam os filhos usarem os óculos na rua, o que não é aconselhado (como vinha em letras grandes na embalagem) mas o filme também não era aconselhado para eles e foram na mesma…

Para a próxima só na sessão das meia noite e mesmo assim sabe se lá.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Nós por cá


Para quem não sabe, existe um passeio pedonal entre Vila Franca de Xira e Alhandra, no distrito de Lisboa, e desde já recomendo que num belo dia de sol passem por lá, mesmo que não seja para fazer exercício físico, ao menos para contemplar a paisagem, que é bastante bonita e envolvente. Com uma vista privilegiada para a Lezíria, o mouchão de Alhandra, a ponte Marechal Carmona e para o rio Tejo, é claro.

Num desses belos dias de sol, ia eu a passear no passeio pedonal e deparei-me com esta placa, que não deixa de ser curiosa, pelo menos o sítio onde a colocaram. O passeio pedonal também é considerado um caminho de Fátima, funcionando como alternativa aos peregrinos que utilizam a nacional N1, e que é bastante perigosa, porque não tem passeios e as bermas são estreitas.

Até aqui tudo bem, mas a placa que dá essa informação devia ter sido colocada num sítio mais apropriado.

Como a placa tem uma seta de direcção acho que o melhor local não é esta coluna, que direcciona os peregrinos para o rio Tejo. Ainda por cima num local onde não há barcos para apanhar…pressupondo-se que terão de atravessar o rio a nado. O que não é boa ideia.

Na minha opinião a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira podia escolher outro sítio para colocar a placa. A população agradece e os peregrinos também.

sábado, 13 de março de 2010

De e para mim

Esta carta que aqui publico, também surgiu do curso de escrita criativa. Neste caso o professor pediu que escrevêssemos uma carta de desamor, e todos nós ficámos surpreendidos porque normalmente escrevem-se cartas de amor... ao que o professor justificou, que escrever cartas de amor é fácil, o difícil é escrever o contrário. Como escreveu Álvaro de Campos, "Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas." 

Manhã de Inverno, dia chuvoso, frio, cinzento, tristonho… daqueles dias bons para ficar em casa e reflectir.
E aqui estou eu, na cama, virada para a janela, em frente a um computador… pronta a teclar aquilo que me vai na alma… o que sinto… aquilo que penso e que não digo por falta de coragem.
Estou como o tempo. Mas é assim que me sinto e não é por isso que vou deixar de escrever. Nem sempre podemos escrever coisas boas, às vezes também há necessidade de escrever sobre coisas menos boas.
A minha vida, apesar de ainda ser uma vida jovem (maneira eufemística para dizer que ainda sou pouco experiente, pouco vivida), está cheia de acontecimentos, felizes e infelizes, importantes e insignificantes, longos e curtos, pensados e impulsivos, amados e odiados, doces e amargos, cheirosos e fedorentos, corajosos e covardes, generosos e egoístas, sorridentes e chorosos, verdadeiros e mentirosos …
Mas é a minha vida, e são estes momentos que me caracterizam enquanto pessoa, são eles que fazem de mim, quem sou.
E tu também fizeste de mim o que sou.
Sim tu, é para ti e por ti que escrevo estas palavras. Para de alguma forma me compreenderes melhor. Pois eu sei que às vezes faço-me incompreendida.
Eu sei que não sou perfeita, nem sempre escolho as melhores palavras para dizer aquilo que sinto, por vezes expresso-me mal. Escolho sempre o caminho mais difícil, aquele que é mais comprido, tem mais “buracos”, menos luz…aquele que provoca mais danos em mim e nos outros. E eu não quero que assim seja. Chega de magoar aqueles que mais amo, onde tu ocupas o primeiro lugar.
Quero mudar e preciso da tua ajuda.
Faz de mim aquela pessoa que gostarias que eu fosse, e acredita, que também é esse o meu desejo.
Não desistas de mim. Preciso de ti. E sei que tu também precisas de mim.
Chama-me à atenção mesmo que eu não quero esse tipo de atenção. Diz-me que estou errada e não me faças pensar que estou cheia de razão. Fala comigo, não me ignores. Chama-me pelo nome, mesmo que esse nome não seja o meu nome próprio.
Toma posse deste corpo que é teu, e que tardas em querer possuir.
Usa-me, porque esperas? Ensina-me tudo aquilo que aprendes-te e que só tens em teoria.
Olha para mim:
Não quero ser como o tempo, inconstante. Quero ser uma só estação, e de preferência a Primavera. Quero saber o que dizer, como dizer e quando e onde dizer. Como esta carta.
Quero que os momentos que ainda tenho por viver, sejam sinónimos de coisas boas e não antónimos dessas mesmas coisas. Quero ser feliz, importante, amada, doce, corajosa, generosa, verdadeira…
A ti, peço-te que não vejas esta carta como um simples desabafar de pensamentos e emoções, de alguém que acordou triste e que resolveu por no papel aquilo que sentia nesse dia.
Não! Nada disso.
Escrevi esta carta, não apenas para desabafar. Escrevi-a porque achei que tinha necessidade de me mostrar a mim mesma, de me apresentar, de me conhecer, de saber quem sou. Pois apesar de parecer ridículo, apresentar-me a uma pessoa que já conheço, nada disso é ridículo. Muitas vezes não me conheço…não queria ser assim.
Que estas palavras que hoje escrevi, não sejam em vão. Que um dia possam preencher as linhas em branco que há dentro de mim.

Pensa em ti e lembra-te de mim,

sexta-feira, 12 de março de 2010

Herança de família

Este texto que publico aqui, surgiu de um curso de escrita criativa que frequentei no final de 2009, no El Corte Inglés de Lisboa. O professor pediu que fizéssemos como primeiro exercício prático, um texto que ocupasse uma folha A4 (no máximo) e onde falássemos de um livro que fosse importante para nós, um livro que tenhamos lido e que nos diga alguma coisa...o livro que achássemos ser o mais importante da nossa vida. E eu escrevi este texto.

Para mim o “livro”, (se é que se pode chamar livro, e já vou explicar porquê) que mais gosto tive a ler, e também, aquele que mais sensações e sentimentos despertou em mim, foi uma herança de família.
Este “livro”, para não chamar diário, não tem editora, não tem capa (a não ser a própria capa do caderno onde foi escrito, capa esta de aspecto amarelado, com várias flores coloridas, de diversos tamanhos e onde se pode observar uma boneca de cabelos azuis, com uma mini saia verde e azul, uma blusa mangas de balão laranja, com umas botas roxas de cano alto, a fumar uma cigarrilha). O conteúdo que está dentro deste “livro” nada tem a ver com a capa que o antecede. A capa de aspecto moderno e alegre, esconde palavras tristes, numa escrita antiquada.
Com pouco mais de 100 páginas, 410 quadras e 1640 versos, este “livro”, acompanhado de uma cassete áudio, é dirigido ao meu pai, e começa assim: «J. F; quando eu morrer; pões esta fita a rolar; para ouvires o que te vou dizer».
A relíquia como lhe chamo, foi lido por mim, após a morte da minha avó paterna, a autora deste “livro”. Já lá vão 11 anos. Até então não tinha conhecimento da sua existência (do “livro”). Escrito em verso, mas sem obedecer rigorosamente a esquemas rimáticos, sinais de pontuação ou outro tipo de regras gramaticais, o seu conteúdo vale mais do que tudo isso. É uma história de vida, a história da minha avó. E quando comecei a lê-lo, o que menos me importou foi a maneira como ela o escreveu.
Se tem erros? Tem muitos. Se a rima é prefeita? Não é. Se as palavras são vulgares? São. Mas para mim isso é o que menos importa. Aquilo que eu queria quando peguei nesta relíquia, e comecei a folheá-la (cada vez com mais curiosidade, e tristeza também, pois a sua vida foi cheia de provações) era entrar na vida da minha avó, saber um pouco mais sobre si, sobre o que fez, como fez, porque fez.
Quando o abri, senti uma sensação estranha, fiquei nervosa…não sei…era a história da minha avó, alguém muito especial para mim. E não fazia ideia nenhuma do que estava ali escrito, se ia ler coisas que preferia nunca de ter lido. O que eu sei, é que li-o com uma vontade enorme, género aqueles livros, que se lê numa noite, porque estamos muito curiosos pelo seu final, ou porque a escrita é tão entusiasmante e viciante que não conseguimos deixar de lê-lo.
Ao avançar cada vez mais, nas páginas do “livro”, a sensação de estranheza e nervosismo, foi passando, dando lugar a uma profunda tristeza. Era um “livro” triste, cheio de mágoas, dor, sofrimento...logo a minha avó que tinha o sorriso mais encantador que alguma vez vi. Mas nem tudo são tristezas, e aqui também descobri o que fazia a minha avó feliz, para além da sua família, ela adorava cantar «quando me sinto só; ponho me logo a cantar; e assim vou distraindo; às vêzes para não xorar», adorava cinema e passear.
Mas o “livro” não fala só da vida de uma pessoa, nele estão também mencionados factos históricos: a Gripe Pneumónica de 1918 em Portugal que matou mais de 60 mil pessoas, incluindo o pai da minha avó «morreu no ospital; pela grande enpedemia; mas as mortes eram tantas; que ninguém dos seus sofria; fizeram-lhe o funeral; no meio da atrapalhação; viram que não era meu pai; quando lhe abriram o caixão», e do período de crise que se vivia no pós Primeira Guerra Mundial «as bixas de gente eram grandes; e não chegava para todos; mas a fôme era muita; e roubavam os aos outros», «e vinha a guarda a cavalo; e sem ter dó de ninguém; espesionavam toda a gente; ficasem eles mal ou bem»
Nunca pensei que a minha avó guardava um bem tão precioso, e que um dia eu teria o privilégio de abrir as páginas da sua vida: «Viveu muito pobre; mas onradamente; fêz sempre boa figura; ao pe de toda agente», «eu nunca fui estudar; mas tenho comprienção; não e preciso estudar; para ter educação», «Na alegria da vida; não conta só o dinheiro; quantas pessoas são ricas; e xoram o dia enteiro», «não à riqueza maior; do que armonia no lar; podemos ter muitas faltas; mas alegria para dar».
São estas palavras, simples mas cheias de significado que fazem desta herança de família, o “livro” mais importante que já li. E acredito, que por muitos livros que leia, nenhum vai ter a importância que este tem e continuará a ter na minha vida. Este conta a história da minha avó.
Agora que estou quase a acabar, queria referir que este “livro” foi escrito pela minha avó paterna, de seu nome Rosa Silva, quando esta tinha 56 anos, morrendo no ano de 1998, com 83 de idade.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Só por curiosidade

Este é o meu primeiro post e gostaria de começar por me apresentar e explicar o porquê de ter decidido criar um blogue.

Mundo da Inca é o nome que escolhi para o meu blogue porque Inca tem um significado muito especial para mim. É o nome de um animal que entrou na minha vida não há muito tempo e que a mudou por completo.
Inca é a minha cadela, nasceu a 24 de Maio de 2003 e veio para minha casa em Agosto desse mesmo ano. Quando lá entrou, o impacto foi grande, isto porque, eu tinha pavor de cães, mas pavor mesmo, ao ponto de não a ir a casa de ninguém que tinha um cão, ou ir dar uma volta maior só porque estava um cão na rua por onde eu queria ir.
Mas a Inca é diferente de todos, é minha. O início foi complicado, aliás cheguei mesmo a pedir que a cadela fosse embora de casa porque não ia conseguir viver com ela. Mas depois de alguns dias de experiência, reparei que a cadelinha gostou de mim. Andava sempre atrás de mim, ia ao meu quarto acordar-me, enfim....não havia como não ficar com ela. E além do mais era eu que ia educá-la e a mim não iria fazer mal...
Passados estes anos, penso que a Inca foi das coisas mais importantes da minha vida. Ela é mais do que um simples animal, é uma companheira, uma amiga, alguém que só nos faz bem, que nos dá carinho, amor e um colinho quentinho.
Por tudo isto e muito mais, este meu primeiro post é dedicado à minha Inca, que eu amo muito.

Agora que já expliquei o nome do meu blogue, vou falar de mim.
Sou uma pessoa simpática, comunicativa, que gosta de se divertir, sair com os amigos, ir ao cinema, dançar, viajar, fazer desporto, etc.
Adoro praia, sol, calor, tudo o que tenha a ver com Verão.
Adoro ler, escrever, falar...sou uma tagarela.
Mas o que me levou a criar o blogue foi o meu gosto pela escrita. Este será um espaço onde poderei expressar os meus gostos, interesses, opiniões, talentos, desejos, sonhos...falar sobre aquilo que me apetecer, quando me apetecer e como me apetecer.

Cheguei ao fim do meu primeiro post e só me apetece dizer: satisfeita!