quarta-feira, 12 de maio de 2010

Trabalhos escritos do curso de jornalismo web

Estuário do Tejo: Fauna e flora


O Estuário do Tejo, zona húmida de importância internacional, contempla diversas espécies características da avifauna nacional. Quem passa no local, não fica indiferente à sua presença.


Consideráveis são as espécies que habitam este espaço, em contacto permanente com a natureza. Aves grandes ou pequenas, aquáticas ou terrestres, fazem deste sítio o seu habitat ao longo de todo o ano. Outras escolhem-no apenas durante o Inverno.

Sendo o passeio ribeirinho uma zona de grande afluência populacional, é natural que grande parte das aves que ali habitam sejam indiferentes à presença do Homem. A Gaivota-de-Asa-Escura e o Pato-Real são espécies comuns neste espaço e bastante apreciadas pela população.

Outras espécies características da zona ribeirinha, e não menos importantes, são o Rouxinol-Grande-dos-Caniços e o Cartaxo-Comum. Estas aves de pequenas dimensões, características de locais húmidos, encontram na vegetação existente ao longo do passeio ribeirinho a sua alimentação, sobretudo nas árvores de folhagem densa e caniçais.

A Garça-Real e a Garça-Branca-Grande também se encontram neste tipo de zonas húmidas, ribeirinhas, por preferirem margens pouco inclinadas e com vegetação não muito densa.

Existem ainda algumas espécies limícolas, que vivem no limo e no lodo, associadas a zonas húmidas como o Estuário do Tejo. Estas aves, conhecidas pelas suas vastas migrações, ocorrem ao estuário essencialmente de Inverno, como o Maçarico, o Borrelho-de-Coleira-Interrompida, o Alfaiate e o Pilrito-Pequeno.

A vegetação

A naturalização deste espaço foi concretizada através da plantação e da sementeira de espécies locais com reduzidas necessidades hídricas, e que muito têm contribuído para a manutenção da diversidade biológica e para o equilíbrio ecológico desta zona ribeirinha.

Entre as espécies de arbustos seleccionados salienta-se a utilização de Tamargueira, Salgadeira e Aroeira, colocadas em pontos estratégicos ao longo de todo o passeio ribeirinho. A preocupação no modo como são distribuídas e plantadas tem resultado numa harmonia do espaço.

Quanto às sementeiras, optou-se pelo prado de sequeiro florido, composto por várias espécies, Medicago Lupulina, Trifolium Fragiferum, e Lonicera Etrusca, o que permite a protecção do solo, promove uma cobertura mais eficaz e reduz os efeitos erosivos. Além disso, é uma importante fonte de alimento para algumas espécies avícolas. Os caniçais mantidos nas valas existentes são de particular importância para a preservação de algumas espécies e para o aumento da diversidade biológica.

É esta consciencialização e preocupação ambiental que faz com que o espaço preserve as suas especificidades naturais.

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