sexta-feira, 30 de abril de 2010

Leio ficção para fugir ao mundo real

«A ficção não a interessava, nem mesmo as grandes obras. Ela não pretendia "evadir-se" do mundo real, o que desejava de facto era saber mais sobre ele.»(1)


Ainda agora comecei a ler o livro e já me deparei com frases como esta. Eu adoro ficção, romances. Mas isso não quer dizer que queira "evadir-me" do mundo real. Ou será que quer? Se calhar é o melhor caminho nos dias que correm. As pessoas criam as suas próprias fugas neste mundo, e esta é a minha fuga. Mesmo que depois de cada página lida, capítulo terminado ou livro fechado, voltemos sempre ao mundo real. Do qual nunca saímos, fisicamente. Mesmo assim, acho que vale a pena.


(1) Mary Lawson in "do fundo do coração", Caderno, 2007, pág. 29

Foto, pôr ou não pôr eis a questão

Quando criei o meu blogue decidi não colocar uma foto minha. No começo até achei graça à minha versão simpsonizada. Porque apesar de não ser uma foto minha, é uma imagem que diz alguma coisa sobre mim. Primeiro porque adoro a série e depois porque a imagem tem características físicas minhas, como o cabelo. Além disso, dá uma certa misteriosidade ao blogue.
No entanto, acho que já não faz sentido usar a imagem. Ao início não queria dar a conhecer muito de mim ao mesmo tempo. Mas agora que já passou algum tempinho, sinto-me cada vez mais à vontade na pele de "blogueira", "bloguista" ou o que quer que seja. E estou a pensar seriamente em dar cara ao meu blogue.
Mas esta decisão tem as suas consequências. Começa agora uma fase complicada, a escolha da foto :)

Garrafa sem mensagem


Fui até à praia.  Andei descalça pela areia. Queira sentir os seus grãos. Molhar os pés em água salgada. Deixei entrar em mim o cheiro a maresia. Soltei o cabelo para que o vento o moldasse. Andei, andei muito. Inspirei leveza, pureza, felicidade.
Muitos foram os passos percorridos no areal, e as pegadas deixadas na areia branca e fina.
Mas poucos são aqueles que se dão a este simples prazer da vida, deixando-se levar.
Eu deixei-me levar, mesmo por uma garrafa sem mensagem.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Na pele de uma fotógrafa

Hoje fui mais uma vez até ao passeio pedonal de Vila Franca de Xira fotografar para o meu trabalho de fotografia do curso de jornalismo web, uma vez que neste momento estou a fazer o módulo de imagem.
Aqui estão algumas das imagens captadas pela minha câmara, e sensíveis ao meu olhar.




terça-feira, 27 de abril de 2010

O sexo volta à cidade



Inspirado na série televisiva "Sex and the city" e baseado no livro com o mesmo nome de Candace Bushnell, está de volta a sequela cinematográfica, que tem como protagonistas Carrie Bradshaw, Charlotte York, Miranda Hobbes e Samantha Jones.
Quatro amigas, com personalidades diferentes, mas com uma coisa em comum: sexo. As aventuras e desventuras sexuais destas quatro amigas, é o pano de fundo daquela que é uma das séries televisivas mais famosas de sempre. Pelo menos para mim.
Não acompanhei a série desde a primeira temporada, mas a partir do momento que a vi, tornei-me espectadora assídua.
Ainda hoje, tenho o desejo de comprar a colecção de dvd's de todas as temporadas, para me deliciar à noite no meu sofá, sem ter que estar sempre a ver os mesmos filmes, que passam repetidamente na televisão. Mas o preço fala mais alto.
Quando dava na televisão, apesar de ser repetido, já era bom... mas agora nem isso.
Ai como tenho saudades da Carrie e das suas roupas maravilhosas. Do romantismo da Charlotte. Da racionalidade da Miranda. E das taradices da Samantha.
Mas pronto, enquanto vai havendo as versões cinematográficas já não é mau.
Precisamente de hoje a um mês, estarei numa sala de cinema próxima de mim. I can't wait :)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Fim de semana cultural



Mais um fim-de-semana passado. Mais uma semana à porta. Enfim o que é bom acaba depressa. Mas pronto. Uma ida ao teatro e uma visita a um museu não é mau, tendo em conta que o fim-de-semana só tem dois dias :)

Eu bem digo que ando farta de transportes públicos




Ainda agora uma pessoa iniciou a semana e já começaram os problemas. Mais uma vez, a culpa é dos transportes públicos. Só podia. Se a minha memória não me falha, este mês já conto três dias de greve na CP. Com mais dois dias marcados, ainda esta semana.
Eu não sou contra as greves, acho que as pessoas têm o direito de lutar pelos seus direitos e melhores condições de vida. Mas também considero um abuso, o que se anda a passar na CP. Num mês conseguem fazer cinco dias de greve. Ninguém aguenta. E para piorar a situação, fazem as greves às “mijinhas”. Num dia são os maquinistas. No outro são os revisores. Depois é greve geral. E pronto os passageiros que aguentem se quiserem, senão mudem de meio de transporte. E olhem que já faltou mais. Quem é que recompensa os dias em que temos passe e não podemos utilizar? Ninguém. Quem é que reembolsa o dinheiro da gasolina por não ter-mos outra solução senão levar o carro? Ninguém. Quem é que está farto dos transportes públicos? Eu.
E depois para amenizar as coisas a CP contratou autocarros para levar as pessoas para Lisboa, mais concretamente até ao Oriente. E quem vai para Alcântara? Esses não interessam não é. Desenrasquem-se, apanhem um cem números de outros meios de transporte para lá chegar. Que foi o que eu fiz. E mesmo assim cheguei atrasada. Isto depois de me ter levantado meia hora mais cedo que o habitual.
Sim, porque o autocarro contratado pela CP foi desde Vila Franca de Xira, até Lisboa, pela nacional. Com todo o trânsito que qualquer nacional têm de manhã cedo. Ainda por cima para Lisboa.
Esta viagem foi uma verdadeira prova de nervos. E eu passei. Com alguma dificuldade.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia mundial do livro


Cada vez gosto mais de ler. Conhecer novos autores, histórias diferentes, personagens surpreendentes. 

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Andar de transportes públicos tem destas coisas


Ainda não há muito tempo, desabafei sobre o facto de estar farta de andar de transportes públicos, e não é que hoje aconteceu uma daquelas situações caricatas, próprias dos transportes públicos.


Estava eu muito bem a dormir no meu lugarzinho de turística no suburbano de Alcântara-Terra, e quando já estou quase no fim da viagem, ainda a saborear os meus últimos minutos de sono, eis que aparece uma figura ímpar na carruagem em que me encontrava. E que dizia mais ou menos isto:



Ó menina, sabe qual é o animal mais antipático do jardim zoológico? É o elefante, porque está sempre de trombas.

Ó menina, sabe qual é a coisa mais parecida com o ordenado? É o período. Vem uma vez por mês, quando vem. E quando não vem é um problema.

Ó menina, sabe o que é que uma senhora de 80 anos tem entre as pernas? O cemitério dos prazeres.



Só me lembro destas, mas o senhor tinha um repertório que nunca mais acabava. Tinha uma adivinha para cada pessoa, e num comboio num dia de semana, às 7h00 e tal da manhã não é para todos.

Até que teve a sua graça, para mim nem tanto porque acordou-me. E detesto ser acordada. Mas pronto, o senhor animou a malta, as mulheres ficaram todas contentes, e no fim até teve direito a moedinha e tudo.

Sim porque, tudo isto tinha uma razão, o senhor estava ali para pedir esmola. Esteve três meses ligado a uma máquina, a mãe estava internada no hospital e o pai tinha morrido há uns anos. É o país em que vivemos. A sociedade que temos. As pessoas precisam de chegar a este ponto. É triste. Mas é ainda mais triste, ver como a tristeza de uns, faz a alegria de outros.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Quero ler Alice Hoffman



Neste momento estou a preparar-me para mais uma aventura literária, mas ainda não sei que livro escolher de entre os que habitam a minha pequena mesa-de-cabeceira. Estou tentada a tirar da pilha de livros, "Do fundo do coração" de Mary Lawson. Comprei-o porque a minha autora preferida, Joanne Harris, recomenda-o, "é um romance notável, que prende completamente. Li-o de um só fôlego e depois reli-o apenas por prazer". Além disso, já há algum tempo que está a ganhar pó na prateleira.


Por outro lado, depois de ler os dois livros de Sarah Addison Allen, fiquei com uma curiosidade enorme de ler Alice Hoffman. Eu explico.

Quando comecei a ler os livros da Sarah Adisson Allen, tomei conhecimento de uma outra autora, Alice Hoffman. Na contra capa dos livros de Sarah, referi-a a autora, dizendo que os seus livros iam seduzir os fãs de Alice Hoffman e Laura Esquivel. Da segunda escritora já conheço o livro "Como água para chocolate", e tenho na minha mesa-de-cabeceira um outro livro, "Malinche". Mas da primeira autora não conheço livro nenhum, aliás nem a própria Alice Hoffman eu conhecia.

Apesar da curiosidade, acho que ficará para outra altura o contacto com a escritora norte-americana. Primeiro tenho de ler os livros que estão a tapar a foto da minha cadela e a diminuir a luz do meu candeeiro na mesa-de-cabeceira. Por isso a minha próxima leitura será do fundo do coração, não fosse esse o título do romance.

 Pronto, já o tirei da pilha.

domingo, 18 de abril de 2010

Feitiço ou superstição


Estou completamente intrigada com uma situação com que me deparei ontem quando saía de casa e esperava pelo elevador. Como moro num prédio de 11 andares, é normal a longa espera pelo elevador, e para ocupar o tempo vai-se contemplando o espaço à nossa volta, que é somente a minha porta e a do meu vizinho da frente. E foi precisamente quando estava a mirar a porta do meu vizinho da frente que reparei em algo estranho. Por cima da porta estavam dois dentes de alho, um de cada lado. Qual será o significado de tal coisa? Será que querem afugentar os vampiros? Ou será que algum vizinho colocou aquilo ali, depois de ter feito um feitiço? Não sei. Estou mesmo intrigada. Vai na volta foram os meus vizinhos da frente que puseram aquilo ali porque é sinal de fortuna ou coisa do género. Se for também vou pôr uns dentinhos de alho na minha porta, quem sabe se ainda me saí o euromilhões?

sábado, 17 de abril de 2010

Farta de transportes públicos


Ainda agora comecei a andar novamente de transportes públicos e já estou farta. Comboio, autocarro, metro e eléctrico. Todos os dias a mesma coisa. Travagens bruscas no bus, que pioram ainda mais a situação se uma pessoa for em pé. Sucessivas paragens do comboio, que pára em todas a estações e apeadeiros. O revisor da CP que aparece nas alturas mais incómodas, durante os meus preciosos minutos de sono. Sem falar dos autocarros atolados de pessoas, umas mais cheirosas que outras. Vemo-nos obrigados a partilhar o nosso espaço íntimo com desconhecidos. É nos transportes e no elevador. Que situação embaraçosa. Sem falar das conversas da treta. Ai como fico passada quando estou muito concentrada a ler o meu belo e interessante livro, e tenho de reler a mesma frase dez vezes, só porque alguém começou a falar, assim para o alto. Ou então porque algum “xunga” se lembra de pôr a música que tem no telemóvel, no limite máximo de som, só para incomodar toda a gente. A sério que não percebo. Qual é a intenção? Chatear os outros? Se é, missão cumprida.


Vida de passageiro de transportes públicos. É uma triste vida diga-se de passagem. Atura-se cada coisa. E ai de nós de dizer-mos alguma coisa. Que ainda levam a mal e respondem ainda pior.

Enfim, a única solução para evitar estas situações é ir de carro.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Menos um livro na mesa-de-cabeceira mais um para a estante


Acabei mais uma leitura, "O quarto mágico" de Sarah Addison Allen. Um livro cativante, com personagens ainda mais cativantes, únicas, misteriosas e envolventes.
Já imaginaram começar a ler um livro que nas primeiras páginas nos apresenta uma  mulher que vive dentro de um roupeiro? Roupeiro esse, que é de outra pessoa, e que no interior possui uma parede secreta, que esconde pilhas de romances e montanhas de doces?
E uma mulher que é perseguida por livros? Ah?
E se eu disser que essa personagem que vive dentro do roupeiro, não está lá por acaso? E que estas três mulheres têm uma coisa em comum? E que a mulher do roupeiro só lá está porque morreu?
Este livro mostra ao leitor, muito mais que um quarto mágico. So tem de se deixar levar pela magia.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O que o toque de uma campainha pode fazer a uma cadela de 35 cm

Uma rosa, para outra Rosa


Hoje é um dia especial. É a data do nascimento da minha avó paterna. Só que ela já não está entre nós para comemorar este dia. Este ano, faz 12 anos que ela partiu e me deixou mais só. Queria abraçar-lhe, dar-lhe 95 beijos e dizer-lhe que a adoro, para sempre. Onde quer que esteja, parabéns avó.
(ver post "Herança de família")

domingo, 11 de abril de 2010

Sonhar nunca fez mal a ninguém




"I have a dream" (Martin Luther King)


 
"Tenho em mim todos os sonhos do mundo" (Fernando Pessoa)


 
"Sonho um dia realizar todos os meus sonhos" (Sandra Silva)

Nós por cá 3


Mais uma vez, hoje fui até ao passeio pedonal de Vila Franca de Xira (local que gosto bastante). Quando saio do elevador para me dirigir à pista, dou de caras com a célebre placa dos "Caminhos de Fátima" (ver post "Nós por cá"). Mas desta vez a placa estava diferente. Não na cor. Não no nome. Não no local. Mas sim na seta de direcção. A seta já não estava na vertical, a apontar para o rio Tejo, mas sim na horizontal, paralela ao rio e ao passeio pedonal.
Ao fim de um ano e tal é que se lembraram de mudar a placa? Não me parece. Ou terá sido por estarmos em época de peregrinação? Também não me parece.
O que me parece é que o meu e-mail para o Nós Por Cá fez efeito. Será que também mudaram a placa do parque de estacionamento? (ver post "Nós por cá 2")

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Blogue sugerido


Estava eu na net, a pesquisar sobre o passeio pedonal entre Vila Franca de Xira e Alhandra, para um trabalho que estou a desenvolver no curso de jornalismo digital, no Cenjor, e encontro um link para o meu blogue.
Quando inseri as palavras-chave no motor de busca da google, estava longe de imaginar que um dos sites sugeridos era o Mundo da Inca.
A net tem destas coisas. Gostei.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Novo curso


Hoje comecei a levantar-me novamente às 6h00 da manhã. Coisa que já não fazia há um mês, desde que terminei o curso de imprensa, no Cenjor. E durante cinco semanas, vai ser esta a minha rotina de segunda a sexta. Tudo por uma boa causa, o curso de jornalismo digital, que estou a frequentar no Cenjor.
A primeira aula foi interessante, conhecemos a coordenadora do curso e falámos do curso em si. Ficámos a saber que vamos trabalhar muuuuuuuuuuito. Temos muitos trabalhos para fazer, o que é bom, porque o curso é pago, e estamos lá para aprender e praticar. No entanto, fiquei um bocadinho nervosa, por causa dos trabalhos, porque nunca fiz nada do género. Mesmo assim, estou entusiasmada. Vamos lá ver como corre. Espero que bem. Vou dando notícias.

Mensagem na areia

domingo, 4 de abril de 2010

Sol, mar, areia... primeiro dia de praia de 2010



Esteve um lindo dia hoje, sem contar com o vento. Aproveitei e fui até à praia. Já tinha saudades de ver o mar e sentir a areia. Foi tão bom andar descalça à beira-mar, sentir o cheiro a maresia, escrever mensagens na areia. Tudo isto em boa companhia.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Como resistir?

Pronto, anda uma pessoa a tentar fazer dieta, a preparar-se para mais um Verão e sempre que vai ao supermercado, como aconteceu hoje comigo, encontra as prateleiras cheias de amêndoas de todos os tipos e cores, e ovos de chocolate de todos os tamanhos. Tudo embrulhado em papel ainda mais colorido, daqueles bem apelativos.
Confrontada com este cenário, confirmam-se as minhas suspeitas, de que a Páscoa, hoje em dia, é sinónimo de pacotes de amêndoas e ovos de chocolate.
Eu só pedia que me aparecesse um coelhinho como este, para me levar para o País das Maravilhas. Desses ninguém põe nas prateleiras do supermercado. 

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Mentir? Não obrigada!

Há muitas verdades que eu gostava que fossem mentira, como o desemprego, o cancro, a SIDA, a pobreza, a morte, a dor, a inveja, a solidão, a hipocrisia, a traição, a falsidade, a violência, a má-educação, a marginalidade, a intolerância, a discriminação, a mentira.