sexta-feira, 29 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Fotografando: jardins

As estações

Comigo chega o vento e a chuva.
Encho cestos de uvas.
Trago castanhas quentinhas.
E as árvores ficam nuas.


É tempo de gelo e neve,
de acender as lareiras,
usar roupas quentes,
e cantar as janeiras.


Sou a estação das flores,
tenho cor de alfazema,
e cheiro a alecrim,
para os grandes amores.

in Jardim Constantino Palha, Vila Franca de Xira


P.S. O Verão não está representado porque não havia estátua.

domingo, 24 de outubro de 2010

Fotografando: jardins #2

No tapete verde de um jardim,
rolam folhas secas de árvores nuas.

sábado, 23 de outubro de 2010

Fotografando: jardins

Nás águas paradas de um jardim,
onde o reflexo do sol
projecta a luz quente do entardecer,
fazem-se ouvir os sons
daqueles que habitam o lago.
Também com o vento
ouve-se o cair das folhas secas,
que vão despindo as árvores
formando um fim de tarde encantador.

in Jardim do Bonfim, Setúbal

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fotografando: Pássaros

Ali estava eu à hora certa no lugar certo para poder fotografar este momento. Não é todos os dias que se vê andorinhas na janela de nossa casa. Eram tantas. Preenchiam a minha janela e a dos vizinhos. Voavam em grupo de umas janelas para as outras. Sintonizadas, coreografavam a sua dança, que as levariam para outros céus, outras andanças. E eu tive o previlégio de observar este espectáculo.
Estas fotografias foram tiradas no final do verão, apesar de só agora ter colocado aqui. Apeteceu-me recordar o verão. Já sinto saudades. Para o ano há mais.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Primeiras leituras de Outono: "O rapaz de olhos azuis" de Joanne Harris

Neste momento não me encontro a ler livro algum. Há dias acabei de ler um livro pelo qual anciava há algum tempo, penso que desde Março (altura em que foi lançado em Inglaterra). Mas como estas coisas dos livros e editoras tem a sua demora, o livro só chegou às minhas mãos o mês passado (altura em que a autora veio a Lisboa lançar o livro editado pela ASA).

É a mais recente obra de Joanne Harris e intitula-se "O Rapaz de olhos azuis". À partida o título não é muito sugestivo, parece o título de um livro para crianças, mas como vos digo... PARECE. O livro com título para crianças, de infantil não tem nada, é um thriller psicológico, que faria qualquer criancinha dormir de luz acesa.

Deixando o título para trás, entreguei-me uma vez mais ao prazer da leitura, desta vez seguindo as palavras de uma das minhas autoras preferidas. Página a página, capítulo a capítulo fui fazendo parte de uma história intrigrante, complexa, e acima de tudo bem escrita.

Mais uma vez a escrita de Joanne Harris não me desapontou. Apesar de ser um livro atípico da sua escrita recente. Digo recente porque Joanne Harris começou por escrever livros deste género no início da sua carreira, nos anos 80. Mas esses livros infelizmente ainda não foram publicados pela ASA. Está para breve a edição de "The evil seed", o seu primeiro romance. Dedicando-se a uma escrita de sabores, cheiros e histórias de meios rurais, que dá vontade de conhecer aqueles lugares, aquela gente.

"O rapaz de olhos azuis" é um livro para ser lido e relido, se necessário voltar atrás (pois não convém avançar na história com dúvidas, correndo o risco de não compreendermos o seu final).

A sinestesia é um dos temas principais na história. As cores adquirem um papel preponderante. Ajudam-nos a perceber quem é quem. Já imaginaram viverem uma vida inteira usando a mesma cor em tudo?? Isso pode afectar a mente daqueles que foram sujeitos a tal crueldade. E é numa mente assim que vamos entrar nesta história. A mente do "Rapaz de olhos azuis". Uma mente seriamente afectada pelo passado, a sua infância, a relação com a mãe e os irmãos…

Mas posso dizer que nesta história, não há só uma mente afectada. Tenho dito.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Palavras de Outono

O Outono já começou e Outubro também. E eu ainda continuo com a mesma preguiça de sempre. Não sei o que se passa, deve ser da mudança de estação, o tempo incerto, pouca luz, muita chuva. Não sei... não sei mesmo. O que eu sei é que continuo assim, sem vontade para quase nada. Digo quase, porque ainda me sobra alguma vontade para ler ( neste momento estou a ler "O Rapaz de olhos azuis" de Joanne Harris ), e para fazer exercício físico. Talvez seja por isso que ando preguiçosa, gasto a energia toda na corrida e depois só quero é dormir e ver televisão.

Eu bem tento. Tenho imensas ideias. Às vezes estou num sítio e apetece-me fotografar, mas e a máquina onde é que está? Não está. Outras vezes até estou sentada num banco algures num sítio inspirador, com uma paisagem também ela inspiradora, e acompanhada de alguém ainda mais inspirador, e apetece-me escrever umas linhas, mas e a caneta e o papel? Esses estão.... na mala... como sempre, a fazer peso, mas muitas das vezes ficam ali, intocáveis.

Porquê esta passividade com a vida. Onde está a minha paixão pelo que me dá prazer. O que hei-de fazer para combater este sedentarismo criativo? Se é que isso existe. Bem… por enquanto ainda não sei. O que eu sei é que acabei de escrever umas quantas linhas no meu blogue, coisa que já não fazia há algum tempo. Neste tempo de Outono, de Outubro.